Participe do nosso canal de notícias no WhatsApp
Clique Aqui
Rio de Janeiro – A concessionária SuperVia registrou uma notícia-crime na 18ª Delegacia de Polícia (Praça da Bandeira) contra a modelo Renata Frisson, conhecida como Mulher Melão, após a realização de um ensaio fotográfico com teor sensual dentro de um vagão de trem. O episódio, que ganhou grande repercussão nas redes sociais, ocorreu na última quarta-feira (28), mas a queixa foi formalizada apenas nesta sexta-feira (30). A informação foi confirmada pela empresa ao Jornal Rio na manhã deste sábado (31).
De acordo com a SuperVia, a ação de Renata e de um grupo de dançarinas não foi autorizada pela administração da malha ferroviária. O grupo teria acessado a estação com roupas comuns e, já dentro do trem em movimento, trocado os trajes por figurinos considerados inapropriados pelas normas internas. A concessionária alega que houve exibição de seios durante a gravação, configurando um possível ato obsceno.
“Reforçamos que o regulamento proíbe o uso de roupas íntimas ou comportamentos inadequados dentro das composições. O episódio viola diretamente as normas de conduta estabelecidas para garantir o conforto e a segurança dos passageiros”, destacou a SuperVia em nota oficial, acrescentando que lamenta o ocorrido e aguarda os desdobramentos da investigação.
Ensaio polêmico gerou repercussão online
O ensaio fotográfico de Mulher Melão, realizado como um “desfile-protesto”, viralizou nas redes sociais logo após a publicação das imagens e vídeos. A modelo chegou a dançar funk e posar de forma sensual em meio a passageiros visivelmente surpresos com a situação.
Segundo Renata Frisson, a performance teve como objetivo dar visibilidade ao trabalho do estilista Abacaxi, de 23 anos, morador da Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio. “A repercussão foi inesperada. Meu celular não parou. Alguns seguranças até tentaram impedir, mas conseguimos embarcar e realizar o desfile enquanto o trem estava em movimento”, relatou Melão. “O Abacaxi não tem recursos para grandes produções, então usamos a criatividade. Essa foi mais uma das manifestações dele — e certamente não será a última.”
Questões legais e impacto na imagem pública
A situação levanta discussões sobre os limites entre a liberdade artística e o respeito às normas de espaços públicos. Juridicamente, a acusação de ato obsceno prevista no Código Penal pode acarretar penalidades para quem desrespeita regras em locais de uso coletivo, mesmo sob alegações de expressão cultural.
Especialistas apontam ainda que ações desse tipo podem afetar tanto a imagem pública da artista quanto a segurança e o bom funcionamento dos serviços públicos envolvidos. Para a SuperVia, o episódio servirá de alerta para reforçar o controle sobre o acesso e o comportamento de usuários dentro do sistema ferroviário.
Para mais notícias do Rio e da Zona Oeste, acompanhe o Jornal Rio nas redes sociais e ative as notificações.