Um ferro-velho em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, foi interditado na manhã desta segunda-feira (16/9) por agentes da força-tarefa do Governo do Estado responsável pela Operação Desmonte, que tem o objetivo de impedir a comercialização de peças de automóveis de origem ilícita.
No local, um terreno de cerca de 30 mil metros quadrados na Estrada Reta do Rio Grande, foi detectado crime ambiental. O estabelecimento não tem licença para funcionar e não apresentou notas fiscais do material colocado à venda.
O proprietário foi encaminhado à Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), para prestar esclarecimentos. Todo o material foi apreendido e levado para destruição em empresas de prensagem de sucata cadastradas no Detran.RJ.
No terreno extenso e em local ermo, sucatas e peças de automóveis foram encontradas dentro de um mato alto. Agentes do Detran.RJ e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) verificaram que resíduos de óleo motor eram lançados diretamente no solo, o que caracteriza crime ao meio-ambiente. Foi encontrado, também, um local de queimada em meio ao matagal. Foram apreendidos pássaros silvestres presos em gaiolas.
O ferro-velho funcionava num terreno baldio, sem muros e sem a estrutura de um comércio estabelecido, e as sucatas de automóveis eram deixadas ao ar livre. Agentes da força-tarefa ficaram surpresos ao constatar que o ferro-velho funcionava em condições insalubres e sem estrutura de estabelecimento comercial. Os agentes receberam informações de que havia no local desmanche de carros roubados, mas não foram encontrados vestígios de automóveis roubados.
Este é o 61º ferro-velho interditado por agentes da Operação Desmonte desde que as ações se iniciaram, em agosto do ano passado. Mais de 900 toneladas de sucatas foram apreendidas e levadas para destruição. Além de coordenar as operações de fiscalização, o Detran-RJ orienta aos proprietários de ferros-velhos como proceder para regularizar seus estabelecimentos. Eles são orientados a procurar a aba do sistema Desmonte-RJ no site do Detran, para dar início ao processo de cadastramento e entrega de documentos.
Até o momento, 30 ferros-velhos estão credenciados no Detran e, desde o início de setembro, são obrigados a trabalhar com etiquetagem em todo o material comercializado, para que seja possível rastrear a origem e a destinação do material.