Rio – A aeronave de pequeno porte que caiu no mar de Copacabana, na Zona Sul do Rio, neste sábado (27), não estava autorizada a realizar a campanha publicitária exibida no momento do acidente. A informação foi confirmada pela Prefeitura do Rio, que autuou a empresa Visual Propaganda Aérea por publicidade irregular.
Segundo o município, a empresa possui cadastro para atuar com propaganda aérea, porém não havia solicitado nem obtido autorização específica para a ação realizada pelo monomotor. A queda da aeronave resultou na morte do piloto e provocou pânico entre banhistas que estavam na orla. Testemunhas relataram um ruído intenso instantes antes do impacto no mar.
De acordo com a Torre de Controle de Jacarepaguá, apenas o piloto estava a bordo no momento do acidente. As buscas mobilizaram equipes do Corpo de Bombeiros, incluindo grupamento aéreo, mergulhadores e motos aquáticas. Após cerca de duas horas de operação, o corpo foi localizado e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio. A ocorrência foi registrada na 12ª DP (Copacabana).
O subprefeito da Zona Sul, Bernardo Rubião, informou que a empresa responsável pela aeronave declarou que o piloto realizava, pela primeira vez, um voo nesse modelo específico de avião.
As causas do acidente ainda são desconhecidas. Em comunicado oficial, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III) foram acionados para dar início aos procedimentos técnicos relativos à aeronave, registrada sob a matrícula PT-AGB.
Segundo a FAB, a chamada “Ação Inicial” envolve a coleta e validação de dados, preservação de evidências, análise preliminar dos danos e levantamento de informações que subsidiarão a investigação do caso.
O Jornal do Rio entrou em contato com a Visual Propaganda Aérea, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.